terça-feira, 18 de maio de 2010

HTPC do dia 11/05/2010

Neste dia nosso HTPC contou com a presença da Arte Educadora Tatiane Gutierrez que trouxe a proposta do trabalho com Papel Machê para nossa equipe escolar.
Realizamos a oficina para confecção dos bonecos a partir do auto-retrato dos participantes. Aprendemos a fazer a massa e como utilizá-la na confecção de alguns objetos. Foi uma experiência muito enriquecedora que terá continuidade para finalização do trabalho iniciado neste encontro. Posteriormente, as oficinas serão realizadas com as crianças, pais e comunidade.









Papel machê (palavra originada do francês papier mâché, que significa papel picado, amassado e esmagado) é uma massa feita com papel picado embebido na água, coado e depois misturado com cola e outros ingredientes. Com esta massa é possível moldar objetos em diferentes formatos, utilitários ou decorativos.
A massa deve ser usada no máximo de um dia para outro mas, guardada em um pote plástico na geladeira, ela pode ser conservada por vários dias.

Existem muitas maneiras de fazer a massa de papel machê e cada artesão utiliza uma receita diferente.
Esta foi a receita ensinada pela Tatiane e usada por nós:

Receita da massa
- Meio balde de papel picado
- Água
- Bacia grande e balde
- Peneira ou escorredor
- Liquidificador
- 1 vidro de cola branca (500 ml)
- Pó de serra
- Meio pacote de polvilho doce (250 g.)
- 4 colheres de desinfetante
- 4 colheres de detergente glicerinado

O papel deve ser picado e deixado de molho de um dia para outro até amolecer.
No dia seguinte, encher o liquidificador de água e colocar um pouco do papel, na proporção de mais ou menos três partes de água para uma parte de papel.
Bater por alguns segundos. Depois, despejar a massa numa peneira e espremer até sair todo o excesso de água.
Esfarelar a massa e espalhar numa bacia, misturar a cola branca, o desinfetante, o detergente, o pó de serra e o polvilho até dar liga e ficar uma massa homogênea.
Se for necessário, juntar à massa mais cola branca para que ela não fique partindo.

Dicas:
- Ao fazer a massa de papel machê, recomenda-se sovar muito bem para que a água se incorpore por igual.
- Em uma forração, procure sempre colocar uma camada média, pois uma muito fina, depois de seca, pode quebrar ou mesmo rasgar. Já uma camada muito grossa pode fazer com que a peça fique pesada, além de demorar muito a secar.
- Depois de seca, a peça pode ser lixada com uma lixa fina para retirar alguma imperfeição que tenha ficado.
- O papel machê pode ser pintado com qualquer tipo de tinta e também envernizado; também pode ser tingido antes da modelagem. Para isso, basta acrescentar à massa qualquer tinta à base de água na cor desejada, tomando o cuidado para que não fique muito mole.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Roda Africana

Visando proporcionar um espaço de ampliação de conhecimentos gerais sobre algumas etnias, onde se conheça a diversidade do patrimônio etno-cultural de forma a reconhecer sua contribuição no processo de constituição da nossa identidade, além de adquirir conhecimentos sobre costumes, tradições e culturas variadas, estamos desenvolvendo em nossa escola o Projeto "Diversidades".
Neste mês realizamos a "Roda Africana", onde foram apresentadas aos alunos algumas músicas de origem afro, através de contextualização, da exploração de instrumentos musicais, do ritmo, do canto e da dança. O trabalho envolveu toda equipe escolar de forma muito lúdica e prazerosa.
Seguem algumas fotos e dois vídeos da atividade desenvolvida.




(Para assistir o vídeo aperte o play)


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Músicas e Brincadeiras

Com o objetivo de formar uma rede de intercâmbio entre diferentes classes e idades realizamos em nossa escola, todas as sextas-feiras, as atividades permanentes de “Músicas e Brincadeiras”. Acreditamos que este patrimônio de músicas e brincadeiras pode ser enriquecido e divulgado de forma mais ágil, incrementando a troca, o estudo, a pesquisa e a circulação de informações entre toda a escola.
A brincadeira faz parte da vida da criança. Brincar favorece a auto-estima e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. Por meio de brincadeiras a criança aprende a agir, tem sua curiosidade estimulada e exercita sua autonomia, possibilitando as descobertas e a compreensão de que o mundo está cheio de possibilidades e oportunidades para a expansão da vida com alegria, emoção, prazer e vivência grupal.
Já a música é uma das formas importantes de expressão humana, integrando os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, além de promover a interação e a comunicação social, sendo um trabalho acessível a todas as séries e a qualquer idade.
Sendo assim, considerando as riquezas culturais que as músicas e as brincadeiras podem oferecer como enriquecedores das experiências escolares de nossas crianças, optamos por desenvolver atividades semanais intercalando o direcionamento destas, visando que as duas formas de linguagem sejam valorizadas tanto na interação com os professores e equipe escolar quanto com outras crianças de diferentes idades e séries.
Enfim, queremos desenvolver um trabalho integrado, divertido e interessante, que proporcione momentos de interação e de aprendizagens significativas e prazerosas.



terça-feira, 11 de maio de 2010

Momento Cívico

Todas as segundas-feiras, no início de cada período, é realizado o momento cívico em nossa escola. Nossos alunos estão tendo a oportunidade de aprender o Hino Nacional, adquirir noções de cidadania e respeito a nossa pátria.




sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dia da Mães


Após a realização da pesquisa sobre as características das crianças e comunidade atendida em nossa escola, percebemos a diversidade na constituição das famílias, pois alguns moram somente com as avós, outros somente com o pai, alguns com outros parentes ou responsáveis e temos também crianças que foram retiradas de suas famílias por diversos motivos e encontram-se em abrigos.

Pensando no possível constrangimento, tristeza e frustração que uma comemoração referente ao “Dia das Mães” poderia trazer à nossas crianças, pois, além dos casos citados, muitas mães trabalham no horário de aula e não poderiam comparecer à escola para um evento, a equipe “Alba D’Aparecida Klein” optou por realizar comemorações destinadas à família no mês de setembro, em data a ser definida.

Contamos com a sensibilização e compreensão de todos e gostaríamos de parabenizar as mães, avós, tios e todos os cuidadores de nossas crianças que propiciam momentos de afeto, carinho, aprendizagem e atenção que toda criança merece!

Feliz “Dia das Mães” para todos!
Equipe Alba Klein

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Projeto de Educação Ambiental - 2010


“REDUZINDO, REUTILIZANDO E RECICLANDO O LIXO:
Os 3 Rs DO LIXO”

 
Introdução:
O projeto de Educação Ambiental “Reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo” traz como tema central o problema do lixo produzido em nossa escola e na comunidade onde está inserida.
Valorizamos a Educação Ambiental como um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizente ao exercício da cidadania.
O presente projeto foi construído coletivamente com a participação de toda equipe desta Unidade Escolar, pensando no contexto de uma aprendizagem ativa na qual o aluno é convidado a problematizar e vivenciar esse mundo que o cerca, favorecendo assim a construção de sua própria identidade, posicionando-se de maneira crítica e responsável frente às suas ações.


Justificativa:
Vivemos em uma sociedade de consumo onde cada vez é maior a produção de materiais que são descartados diariamente, trazendo uma série de problemas que interferem constantemente na qualidade de nossas vidas.
Partindo dessas observações e problematizações levantadas em nossa comunidade escolar, construímos o presente projeto de conscientização e ação quanto a problemática do lixo.
Ao implementar este projeto de educação ambiental, estaremos facilitando aos alunos e à população local uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de uma comunidade, de um país e de um planeta.
Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Desta forma, é fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o processo educativo mais relevante e mais realista, estabelecendo uma relação mais íntima entre o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.
Através desse projeto refletiremos sobre nossas ações como responsáveis na produção, redução e destinação, tanto do lixo escolar como domiciliar, referente à comunidade atendida.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Trabalhando juntos

Gostaríamos de agredecer a grande participação das famílias na reunião para o lançamento do Projeto de Educação Ambiental "Reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo" que será desenvolvido em nossa escola durante o ano letivo.
Essa integração entre a escola e a família nos mostra que estamos caminhando juntos na busca de uma educação de qualidade para nossas crianças e nos deixa muito felizes!



segunda-feira, 3 de maio de 2010

Aconteceu na Alba

No dia 04 de Maio de 2010, terça-feira, às 18:00 horas aconteceu o Cine Debate com o Documentário "Criança, a alma do Negócio" , como disparador do Projeto de Educação Ambiental "Reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo" que está sendo desenvolvido em nossa escola. Os pais e a comunidade compareceram em massa e prestigiaram esse momento de integração e reflexão oferecido pela escola!

Este foi o documentário apresentado aos presentes:

Rodas índigenas

Durante todo o mês de abril foram realizadas diversas atividades sobre a cultura indígena, favorecendo as ações que valorizam as diferentes etnias e culturas. Essas atividades devem fazer parte do dia-a-dia de todas as escolas, de forma que a valorização da diversidade aconteça naturalmente.
Dessa forma, iniciamos a exploração do tema com as rodas indígenas, onde foi trabalho o sentido das pinturas realizadas pelos índios, com a utilização do urucum nos diversos momentos da vida desse povo. Também foram introduzidas músicas indígenas destinadas à guerra, saudação ao sol e canção de ninar dos curumins.
A apreciação musical destacou os sons da natureza, o canto indígena e foi acompanhada pela dança e exploração de instrumentos musicais como o chocalho e o coco.
Outra atividade que se destacou foi a contação da lenda do milho, seguida da roda de descascação e degustação.
As crianças e os professores se divertiram muito durante estes momentos de aprendizagem que foram muito signifivativos para todos.



Vivendo o verdadeiro sentido da Páscoa

 Dentro das atividades referentes ao Projeto "Diversidades" que está sendo desenvolvido na escola, foram realizadas algumas atividades referentes às festividades da Páscoa, porém, com enfoque no verdadeiro sentido da partilha, renovação e confraternização, mas sem destaque religioso, visando o respeito às crenças e práticas religiosas das famílias de nossos alunos.

Roda da partilha - Pão e suco de uva


Contato com o coelho

Brincando de caça aos ovos



Equívocos em série

Aulas perdidas, desrespeito à diversidade cultural e à liberdade religiosa... Aqui, os dez erros mais comuns nas festas escolares

Ilustração: Walter Vasconcelos


Durante o ano, temos 11 feriados nacionais - na média de um a cada cinco semanas -, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, do Índio) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usa o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venha de cocar no dia 19 de abril - o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.

Festas são bem-vindas na escola, mas com o simples - e importante - propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam (leia mais no quadro abaixo). No entanto, não é isso que se vê por aí. A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares.

1. O desnecessário vínculo com efemérides

Essa palavra estranha tem origem na astronomia e dá nome a uma tabela que informa a posição de um astro em intervalos de tempo regularmente espaçados. No popular, o termo é usado no plural e significa a seqüência de datas lembradas anualmente. Algumas têm dia fixo (Independência, Bandeira); outras, não (Carnaval, Dia das Mães). Até aí, nada de mais. O problema é quando a escola usa tudo isso como base para montar o currículo. "Planejar o ano letivo seguindo efemérides desfavorece a ampliação de conhecimentos sobre fatos e conceitos", afirma Marília Novaes, psicóloga e uma das coordenadoras do programa Escola que Vale, de São Paulo. Exemplo? Dia do Índio. A lembrança não envolve estudos sobre as questões social, histórica e cultural das nações indígenas brasileiras. Para haver aprendizagem, é preciso muita pesquisa e mais do que um dia festivo. Outro caso? Folclore. A escola é invadida por cucas, sacis e caiporas em agosto, já que o dia 22 é dedicado a ele por decreto. Ora, se o planejamento prevê o uso de parlendas e trava-línguas durante o processo de alfabetização e de estruturas narrativas, no ensino de Língua Portuguesa, que tragam informações sobre tradições, crenças e elementos da cultura popular, isso basta para que o tema seja tratado em qualquer época. Sem contar os tópicos cuja expressividade é questionável (Semana da Primavera) ou controversa, como o Dia dos Pais e o das Mães: "Enfatizar datas comerciais como essas é ignorar as mudanças no perfil da família brasileira, que nem sempre conta com as duas figuras em casa", completa a psicóloga.

2. O desrespeito à liberdade religiosa

Dos 11 feriados nacionais, cinco têm origem no catolicismo (Páscoa, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal). As escolas que seguem essa religião lembram as datas. O problema é que as escolas públicas também. Segundo a Constituição da República, o Brasil é um Estado laico, ou seja, sem religião oficial. Porém, em quase todas as unidades de ensino há algum tipo de comemoração: as crianças da Educação Infantil (não importa se têm ou não religião) se fantasiam de coelhinho e pintam ovos em papel mimeografado. No fim do ano, uma árvore de Natal, com bolas e luzes, é montada na recepção ou no pátio. Segundo o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nos anos 1990, a maioria da população brasileira (73%) é católica. Mas uma escola inclusiva não esquece que os filhos dos 15% de evangélicos e dos 12% de seguidores de outros cultos ou não pertencentes a um deles também estão na sala de aula, certo? Para Renata Violante, consultora pedagógica do Instituto Sangari, em São Paulo, os educadores não podem dar a entender que uma religião é superior a outra (quais são mesmo as datas importantes para espíritas, judeus, budistas, islâmicos e tantos outros?). Existem espaços próprios para cultos. Definitivamente, a escola não é um deles. As festas juninas são um caso à parte: elas se tornaram uma instituição e perderam o vínculo religioso. O enfoque folclórico, resgatando alguns hábitos e brincadeiras e a culinária do homem do campo, tornaas mais democráticas.

3. A confusão entre o currículo e o tema da festa

A festa não ter relação com o currículo é um problema. Mas outro tão grave quanto é usá-la como pretexto para ensinar. "Já que temos de fazer bandeirinhas para enfeitar barraquinhas, então vamos aproveitar para ensinar geometria", pensam alguns professores bem-intencionados, esquecendo que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma seqüência lógica que leve à construção do conhecimento. É como se, de repente, estimar a quantidade de pipocas no saquinho virasse conteúdo de Matemática.

4. O mau uso das poucas horas dedicadas às aulas de Arte

Não raro, o espaço que seria utilizado para essa disciplina é convertido em oficina de enfeites. Para colocar o aluno em situação de aprendizagem, é papel do professor de Arte propor atividades que favoreçam o percurso criador. "A subjetividade não pode ser ofuscada pelo sentido objetivo e funcional do ornamento, com caráter unicamente estético", afirma José Cavalhero, coordenador pedagógico do Instituto Rodrigo Mendes, em São Paulo. Na confecção de bandeirinhas, por exemplo, as crianças são orientadas a seguir um modelo preestabelecido sem dar espaço a suas marcas pessoais nem enfatizá-las. O modelo, que serviria apenas como referência para a elaboração de outras possibilidades, vira matriz para cópias – e a arte é um procedimento mais abrangente do que isso. A produção do estudante deve ter um propósito maior do que atender à expectativa do professor. "Caso a ocupação do ambiente festivo seja encarada como uma instalação ou intervenção artística, aí, sim, o aluno aprende em Arte", afirma Cavalhero.

5. A estereotipação dos personagens

Caipira com dente preto e roupas remendadas em junho, cocares e instrumentos de percussão em meados de abril. Esses estereótipos não correspondem à realidade. Homens e mulheres que moram no interior não se vestem dessa maneira, e os índios brasileiros vivem em contextos bem diferentes. "É inconcebível se divertir com base em elementos que remetem à humilhação e à ridicularização do outro", diz Mario Sérgio Cortella, filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em sua opinião, essas práticas destoam da intenção educativa acolhedora e pluralista, pois, toda vez que se trata o outro com estranhamento, se promove a idéia de que há humanos que valem mais e outros, menos. "Quadrilha, sim, mas sem maquiagem nem fantasias grotescas que humilhem o homem do campo", completa Cortella.

6. A obrigatoriedade da participação

"Professora, não quero dançar", diz um. "Tenho vergonha de falar na frente de todo mundo", avisa outro. Quem já não ouviu essas frases dias antes de um evento escolar? Quando a festa nada tem a ver com a aprendizagem, os alunos não são obrigados a participar. Nesses casos, é proibido causar qualquer tipo de constrangimento a eles. Cabe ao professor colocar pouca ênfase nos momentos não relacionados ao aprendizado. "Imagine o que uma criança sente quando é colocada à força no meio da quadrilha. É uma atitude desrespeitosa com os sentimentos e a individualidade dela", afirma Maria Maura Barbosa, do Centro de ocumentação para a Ação (Cedac), de Paraupebas, a 700 q uilômetros de Belém. Ela afirma ainda que alguns pais optam por não se envolver por razões financeiras. "Quem não tem condição de arcar com uma fantasia para os filhos fica envergonhado e não participa. Fala-se tanto em inclusão, mas as festas às vezes excluem."

7. A finalidade incerta dos recursos arrecadados

Pequenas reformas, mobiliário novo, material pedagógico... Quando a verba que vem da secretaria não dá para comprar tudo, pensa-se em festa para arrecadar fundos. A comunidade é convidada, participa, gasta, e muitas vezes não fica sabendo o destino dos recursos. Pior, às vezes o dinheiro que seria usado na ampliação da biblioteca ou na compra de computadores vai para outro fim. A solução é divulgar o objetivo da iniciativa e prestar contas quando o bem for adquirido. Em tempo: a arrecadação sempre aumenta quando bebidas alcoólicas são vendidas. Renata Violante não acredita em meio-termo: "A bebida deve ser proibida. Os diretores que inventem outras maneiras de obter mais dinheiro".

8. O objetivo principal ser apenas atrair os pais

Eles não costumam ir às reuniões, não conversam com os professores sobre o avanço dos filhos e mal conhecem a escola. Os diretores pensam: "Quem sabe, para se divertirem, os pais venham até nós". Embora os momentos de confraternização com os familiares sejam importantes, eles não devem ser a única maneira de envolvê-los. Reuniões marcadas com antecedência e planejadas para compartilhar o processo de aprendizagem e a produção intelectual, artística e esportiva das crianças são as iniciativas que exibem os melhores resultados quando o objetivo é atrair e conquistar as famílias.

9. A única maneira de socializar a aprendizagem

Um dos objetivos da escola deve ser exibir a produção intelectual e artística do aluno, principalmente aos pais, nas mais variadas ocasiões. Fazer uma festa é apenas uma possibilidade, por isso não deve ser usada em excesso. Geralmente, o caráter de recreação costuma dificultar a apresentação dos saberes. "Já feiras e exposições favorecem o foco no conhecimento e permitem ainda situações de comunicação oral formal, importante maneira de compartilhar o aprendizado", explica Maura Barbosa, do Cedac. Exemplos: um seminário sobre um conteúdo trabalhado em Ciências ou um sarau de poesia. (E, depois disso tudo...)

10. O precioso tempo jogado fora

Usar a sala de aula ou o período que deveria ser dedicado a atividades pedagógicas para os preparativos é um desrespeito com as crianças e com o compromisso que a escola tem de ensinar. "O diretor raramente investe na ref lexão sobre os indicadores de aprendizagem dos alunos o mesmo tempo que gasta com a produção dos eventos. O professor, por sua vez, deixa de promover situações intencionais de ensino", afirma Maura. Se a festa não é concebida como maneira de contextualizar os conteúdos aprendidos, ela deve ser organizada sempre em horários alternativos aos das aulas.

Tem de ter festa!

Ninguém é contra festas, desde que elas sejam para recreação pura e simples ou uma maneira de socializar o aprendizado. As do primeiro tipo podem envolver todos e ser muito divertidas, desde que não ocupem o tempo de sala de aula na organização. Já as que são planejadas para finalizar o estudo de determinado conteúdo exigem muito preparo. Quando o evento faz parte do projeto didático, o tema precisa ser previsto no currículo (e é dispensável a relação com efemérides) e nada mais justo do que usar o tempo de sala de aula para a sua produção (que também envolve aprendizado). Antes de bolarem o evento junto com o professor, os alunos certamente serão convidados a pesquisar, levantar hipóteses, realizar diversos tipos de registros e trocar conhecimentos com os colegas. Já que a festa é uma das etapas do processo, fica proibido deixar alguém de fora. Se um aluno não quiser participar por qualquer motivo, cabe ao professor envolvê-lo e ajudá-lo a superar as dificuldades que surgirem, seja em relação a timidez, seja em relação a habilidades de comunicação.

Fonte: Revista Nova Escola; Edição 213/Junho de 2008.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/equivocos-festas-escola-447945.shtml

sábado, 1 de maio de 2010

HTPC do dia 12/04/2010

Neste dia as professoras vivenciaram as atividades referentes à "Gincana do Lixo" que fará parte do Cardápio de Aprendizagem do Projeto de Educação Ambiental "Reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo".